Uma casa amarela e vazia, com paredes internas amarelas iluminadas pelo sol forte que se espalha ao passar pelas janelas, silêncio. O vento empurra folhas no jardim da frente e as montanhas ao fundo parecem cantar uma canção muda de paz. Tudo parece correto ali, a casa amarela parece estar onde sempre esteve e devia estar. A poeira que nos cantos se acumula pertence àquele lugar. Do lado de fora da cerca cinza o mundo parece viver, uma ave cruza o céu, as plantas crescem e na montanha ao fundo um fio de agua branca corta o verde. Do lado de dentro não, ali o tempo descansa, deita sobre todo o piso de madeira escura e para. E está certo, o natural não se ressente, o tempo não se culpa e ninguém se incomoda. Ninguém ali além do tempo que descansa...
Ah! Se eu pudesse cruzar a cerca, se pudesse me deitar com o tempo e parar... Ando cansado de correr.
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